De 19 a 25 de agosto de 2011 – Centro Cultural São Paulo e Cine Olido
Um mal de dimensão trágica e global como a aids pode e deve ser visto também na sua escala individual, ou seja, sem esquecer que por trás das tristes estatísticas escondem-se dramas humanos. Há 22 anos em cena no combate à doença, o GRUPO PELA VIDDA/SP procura matizar essa catastrófica situação ao propor através de filmes uma discussão tanto coletiva do tema quanto personificada, dando uma cara aos três milhões de pessoas que anualmente se juntam ao contingente de soropositivos no mundo.
Esta sétima edição do CINEMA MOSTRA AIDS, iniciativa da ONG paulistana, vem justamente sublinhar a individualidade perante o universal com títulos de documentário e ficção, em curta, média e longa-metragem, que contribuem para a discussão, reflexão e alerta de um perigo sempre a espreita. Em boa parte das produções selecionadas, a epidemia não é vista apenas como uma massa uniforme em forma de números, mas situações particulares que contrastam problemas, atitudes e desejos diversos.
Não que as circunstâncias deixaram de ser dramáticas, ou não exijam olhar atento e cuidados redobrados. Exemplos como a da jovem inglesa em A História de Rachel, vítima da dependência de heroína, sinalizam a dificuldade da classe média em lidar com temas tabus como drogas e sexo. Embora ficcional, mas de uma realidade desconcertante, o quadro apresentado pelo israelense De Mãos Atadas é simbólico de uma distância comprometedora entre gerações. No caso, entre o filho gay agonizante e a mãe que irá ao limite da ilegalidade para aliviar a dor daquele que é quase um desconhecido dentro de sua casa. Sem perder o foco panorâmico, esta nova edição do CINEMA MOSTRA AIDS quer também aludir a um desafio que pode estar no quarto ao lado.
Realização:
Grupo Pela Vidda/SP
Leia mais e veja a programação completa: www.cinemamostraaids.org.br